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Alimentação saudável para pacientes infanto-juvenis oncológicos

Uma alimentação saudável tem um papel fundamental na qualidade de vida do

ser humano, pois os alimentos são as fontes de nutrientes e energia. Desde a fase da

introdução alimentar, o ser humano tem contato com as propriedades organolépticas dos

alimentos, ou seja, aquelas que podem ser facilmente percebidas pelos nossos sentidos 1 ,

tais como: cor, transparência, textura, brilho, odor e sabor.

Esta alimentação precisa ser equilibrada e balanceada, desta maneira ajuda no

desempenho da saúde, do bem-estar físico, mental e social do indivíduo, adquirido por

meio do equilíbrio da qualidade e quantidade dos nutrientes obtidos através dos

alimentos nas refeições diárias, sendo esta alimentação atrativa e saborosa, pois o ato de

se alimentar é um dos prazeres da vida.

Dessa forma, é preciso compreender que em cada fase da vida há uma

necessidade de aporte nutricional específico. No período da infância deve-se fornecer

uma alimentação que satisfaça o paladar e atenda às necessidades nutricionais, para

prevenir doenças e colaborar no sentido do seu perfeito desenvolvimento. Já para o

período da adolescência, a dieta requer mais calorias, em virtude das necessidades do

organismo e o seu metabolismo precisar de uma quantidade maior de nutrientes e

vitaminas.



Esses nutrientes e vitaminas são adquiridos por meio do consumo de alimentos,

que são substâncias que fornecem energia para o organismo e visam promover o

crescimento para as diversas funções do organismo. Já os nutrientes são substâncias

presentes nos alimentos como as proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais

minerais. Esses nutrientes são classificados em macros e micronutrientes e

desempenham um importante papel no nosso organismo.

Os macro nutrientes englobam os carboidratos que têm função de fornecer

energia ao organismo para realizar as suas funções vitais. As proteínas são importantes

na coagulação sanguínea, na formação de anticorpos e na constituição de novos tecidos.

Já os lipídeos desenvolvem função como fornecer energia e transportar as vitaminas

lipossolúveis.


Os micronutrientes contêm uma série de elementos presentes em quantidades

mínimas nos tecidos corporais são essenciais para o ótimo crescimento, saúde e

desenvolvimento como as fibras, vitaminas e minerais. Uma deficiência desses

nutrientes, desencadeia uma série de doenças no nosso organismo.

Outro cuidado necessário quando se fala de alimentos, é em relação à

moderação, pois não se deve ingerir uma quantidade superior ao que o organismo

necessita para realizar suas funções vitais, portanto, uma boa alimentação é a que

fornece a quantidade certa de alimentos. A quantidade e a qualidade fazem toda a

diferença na hora de preparar o cardápio. O ideal é consumir alimentos variados,

respeitando as quantidades de porções recomendadas para cada grupo de alimentos. Ou

seja, “comer de tudo um pouco”


Para que sejam desempenhadas de maneira correta todas as funções vitais do

organismo se faz necessário que seja consumido as cinco refeições diárias, com café

da manhã, lanche matinal, almoço, lanche vespertino e jantar. Uma alimentação

colorida ajuda a manter as necessidades de nutrientes que o corpo precisa e deixa a

refeição mais atrativa e saborosa. Consumir por exemplo: folhas verdes, legumes

amarelos e vermelhos, frutas, arroz, feijão, macarrão, pão, aveia, farelo de trigo, leite e

seus derivados, carnes magras, além de consumir frutas com casca e verduras cruas,

como também, farelo de trigo (alimentos ricos em fibras), juntamente com a ingestão de

água.


Para um bom desenvolvimento intelectual e melhorar o rendimento nos estudos,

é importante ingerir ferro adequadamente, pois este atua na melhor oxigenação dos

tecidos cerebrais. Sendo assim consuma carne branca ou vermelha ou um copo de fruta

rico em vitamina C, como caju, goiaba, laranja, acerola em pelo menos uma das

refeições principais.


Muitas vezes é preciso mudar os hábitos alimentares a fim de ter mais qualidade

de vida. Essas mudanças podem ocorrer de forma lenta, mas deve ser gradativa, de

modo que consiga-se retirar alguns tipos de alimentos da nossa dieta, como as frituras

(salgadinhos, hambúrguer, batata frita e outros), as guloseimas ( pirulitos, refrigerantes,

balas, bolos industrializados), os alimentos ultra processados e alguns industrializados

que possuem em sua composição nutricional conservantes e corantes, estes por sua vez

que causam malefícios à saúde das crianças e adolescentes, que precisam ter um bom

aporte nutricional, principalmente se forem diagnosticados com algum tipo de doença.

Neste caso, a mudança dos hábitos alimentares necessita ser aceita por toda a família,

para a maior adesão do paciente a essa alteração em sua vida alimentar.


A manutenção da saúde depende de uma boa alimentação através do equilíbrio

nutricional e da qualidade dos alimentos. A dieta desequilibrada propicia uma

deficiência orgânica aumentando a susceptibilidade às doenças, potencializando a ação

dos microrganismos patogênicos. Portanto, a relação saúde e doença são diretamente

proporcionais ao equilíbrio da dieta.


Crianças e adolescentes, em fase de tratamento oncológico, respondem de forma

positiva ao tratamento, quando possuem uma alimentação balanceada e equilibrada,

tendo mais capacidade de vencer os efeitos do tratamento, pois uma alimentação correta

pode ajudar a manter o vigor, evitando a degradação dos tecidos do organismo e

ajudando a reconstruir aqueles que foram atingidos pelo tratamento. Além disso, é

importante destacar que a boa alimentação contribui no fortalecimento da imunidade

evitando o acometimento de outras doenças e infecções oportunistas.

O atendimento é feito pela nutricionista do GACC-RN, especialista em

Oncologia Pediátrica, Ana Paula Azevedo Ferreira de Sousa. Temos relatos dos

pacientes atendidos no setor de nutrição e dietética, que aderiram às orientações

passadas durante as consultas, onde se pode perceber a curiosidade e interação deles a

respeito dos alimentos e de como gerir de maneira diferentes. Neste momento é

mostrado através de imagens como uma apresentação lúdica das comidas podem fazer

toda a diferença na hora de se alimentar, tanto para as crianças e adolescentes

entenderem a importância de se alimentar melhor, que ajudam a se manter bem durante

todo o tratamento independente do seu diagnóstico.


Alguns pais enviam os registros de como seus filhos aderiram às mudanças,

desde a ingestão de uma banana que a filha não comia, como um registro de 1 prato

colorido e saudável


Gostaria de ressaltar a importância de os pais ou responsáveis desenvolverem a

capacidade de ouvir o que seus filhos falam. Em muitos casos, as crianças não se

alimentam por falta de apetite ou náuseas, e não é frescura ou birra, como às vezes

escuto no consultório. Isto é causado pelos efeitos colaterais das medicações.

Neste momento é importante oferecer o que eles preferem e aceitam melhor,

como por exemplo, alimentos gelados e pastosos, possibilitando que a sua dieta seja

enriquecida com suplementos alimentares para repor as necessidades nutricionais.


Claro, que não é o ideal trocar um prato de comida caseira por outros alimentos, mas é

melhor do que não ingerir nada e ficar sem se alimentar.

Portanto, frente aos problemas e efeitos colaterais de um tratamento oncológico,

é preciso ter carinho, atenção e dedicação ao paciente criança e adolescente, a fim de

convencê-lo a substituir os alimentos e oferecer aquele que ele melhor aceitará, no

momento das dificuldades alimentares, que ocorrem e ocorrerão durante o tratamento

oncológico.


Elaborado por Ana Paula Azevedo Ferreira de Sousa

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