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Câncer infantil um desafio diário para o GACC-RN


Durante o ano temos várias datas importantes para nós que atuamos no combate ao câncer infanto juvenil, são datas que fortalecem as informações sobre sinais e sintomas, valorizam os resultados positivos de crianças e jovens que superam esse momento de forma vitoriosa, e expõem para todos o cotidiano de um verdadeiro exército de enfermeiros, médicos, pesquisadores e de instituições como o Grupo de Apoio à Criança com Câncer do Rio Grande do Norte, que há mais de três décadas se dedica a dar apoio e suporte a famílias que passam por essa situação. Nos sentimos muito orgulhosos de contribuir para o sucesso dessas ações e possibilitar um futuro digno para nossas crianças.

Para explicar uma pouco melhor todo esse contexto do câncer infantil convidamos nossa fundadora, voluntária Dra. Zélia Fernandes, para preparar um artigo bem bacana sobre esse tema:


"O Câncer é um problema de saúde em vários países do mundo, tanto em adultos quanto nas crianças. Apesar das incidências das neoplasias malignas ser rara na infância, quando somadas, estas doenças são frequentes, com o agravante de que o diagnóstico e a terapêutica são, geralmente, peculiares ao tipo tumoral.

É importante a existência de infraestrutura e de profissionais com subespecialidades, para melhor condução dos casos, mas, ainda, é necessária a existência de pediatras gerais orientados para os sinais precoces de câncer. Crianças com câncer, residentes em áreas sem acesso ao tratamento apresentam maior risco de mortalidade.

No passado, as doenças infecciosas, a desnutrição, os acidentes e as más-formações congênitas eram as principais causas de doenças na infância. No entanto, com a universalização e da cobertura vacinal, melhora nutricional e o desenvolvimento de esquemas antibióticos efetivos, as doenças crônicas, incluindo o os cânceres, passaram a ter destaque entre as enfermidades da infância, principalmente, nos países desenvolvidos.

Segundo os dados do Ministério da Saúde do Brasil, um total de 11423 crianças na faixa etária 0-18 anos, foram diagnosticados com algum tipo de câncer no ano de 2011 (www.datasus.gov.br ). No Brasil, existem 67 hospitais habilitados para tratar câncer infanto juvenil, sendo 35 na Região Nordeste, para uma população de 22 milhões de habitantes, e, dentre estes serviços, 4 estão localizados no Rio Grande do Norte.

Inúmeros trabalhos buscaram examinar os fatores de risco, envolvidos no desenvolvimento a neoplasia maligna na infância, incluindo agentes físicos, químicos e biológicos, bem como fatores genéticos. Há evidências de translocações cromossômicas, como sendo o evento inicial, para alguns tipos de cânceres, especialmente, nas leucemias. Na oncologia pediátrica, há uma relação significativa entre a oncogênese e a teratogênese.

O Brasil apresentou melhoras na economia nos últimos 20 anos, o que levou a maior apoio para pessoas com maior vulnerabilidade, resultando em diminuição da mortalidade infantil. A atenção primária à saúde, o melhor suporte alimentar, entre outras medidas, implementadas em meados da década de 90, resultaram em uma melhora da saúde da criança, com diminuição significativa da taxa de desnutrição e morbimortalidade. A taxa de mortalidade infantil, no Brasil, em 1970, era 120/1000 e, em 2010, essa taxa de mortalidade, no país, caiu para 20/1000. Em 2009, a taxa de mortalidade infantil, no RN, era de 32,2/1000, compatível com o índice da Região Nordeste, que era de 32,2/1000. Com essas melhoras, as neoplasias malignas passaram a ter destaque e paulatinamente, os serviços de referência foram sendo estruturados.

No Rio Grande do Norte, os dados referentes a neoplasias maligna, na infância, começaram a ser documentados, a partir de 1977, quando foi implantado, no hospital Infantil Varela Santiago, o primeiro serviço de oncologia infantil. Esse serviço tornou-se referência para o estado do Rio Grande do Norte, sendo seguido por implantação, em 2000, de mais de dois serviços, não há, ainda, uma avaliação crítica sobre o perfil das neoplasias malignas nesse Estado. Portanto, este estudo teve como objetivo principal avaliar o perfil das neoplasias malignas em menores de 15 anos e determinar a taxa de sobrevivência dessas doenças na população infantil, oriunda do Estado do Rio Grande do Norte"

Dra. Zélia Fernandes Médica Oncologista Pediatra

Fundadora do GACC-RN





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